Tudo parece programado de antemão
e lentamente perdemos a capacidade
de nos deixarmos surpreender, de aceitar que o insólito é possível.

Luís Sepúlveda, Encontro de Amor Num País Em Guerra

sexta-feira, 29 de junho de 2007

(imagem encontrada na internet)

Cruzaste a esquina do meu ser.

Como quem não quer nada.

Como quem só vem em passeio.

Cruzaste.

E eu cruzo a tua.

E fazes-me feliz porque - tu - só tens sentido livre.

E faço-te feliz porque - eu - só tenho sentido livre.

Tu sabes que sim, e eu sei que talvez.

Mas está tudo bem.

Porque é assim que deve ser.

Porque é assim que nos conhecemos.

Porque é assim que, nunca sentindo os nossos corpos, nunca nos perdemos de vista.

Porque é assim que queremos.

Agora.

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