Tudo parece programado de antemão
e lentamente perdemos a capacidade
de nos deixarmos surpreender, de aceitar que o insólito é possível.

Luís Sepúlveda, Encontro de Amor Num País Em Guerra

terça-feira, 17 de julho de 2007

"Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
Ou flecha de cravos que propagam fogo;
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e
Leva dentro de si, oculta, a luz daquelas flores.
E graças a teu amor, vive oculto em meu
Corpo o apertado aroma que ascende da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde.
Te amo diretamente sem problemas nem orgulho;
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim, deste modo, em que não sou nem és.
Tão perto de tua mão sobre meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com
Meu sonho..."
Pablo Neruda

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